Luís XVI.
Filho do Delfim Luís Fernando da França, filho de Luís XV e de Maria Josefa da Saxônia, ( filha do Duque da Saxónia e Rei da Polónia- sendo este reino um tipo de República desde 1573 decidido por eleições e com data para término -e a mãe desta uma Arquiduquesa ) nascido em 1754 o futuro Luis XVI , nascido Luís Augusto -Duque de Berry nunca teve o amor dos seus pais que estavam muito concentrados em seu irmão mais velho Luis, Duque da Borgonha que faleceu aos 9 anos, em 1761, sendo este considerado inteligente, brilhante e gentil e com sua morte seu tímido irmão Luís -Duque de Berry se viu na difícil posição de Herdeiro do pai aos 6 anos.
Mas nunca deixaram de estar atentos aos progressos dos filhos nos estudos e faziam questão de se ocuparem pessoalmente da educação dos filhos.
Seu pai, que nunca foi autorizado pelo pai dele á participar de um cargo no Concelho do Rei Luís XV, seu pai, não recebeu a educação necessária para um Herdeiro, assim como seu filho Luís Augusto quando seu pai morre ( tendo morrido anteriormente seu irmão mais velho ) era culto mas também sem preparo para seu futuro Cargo.
Seu pai, o Delfim usa de severidade com o filho Luís Augusto, proibindo-o muitas vezes de caçar-seu passatempo favorito-para castiga-lo.
Ao passo que com seus irmãos mais novos era indulgente.
Seus pais, preferiam nos seus corações aos seus irmãos Luís Estanislau Xavier-Conde de Provence
e Carlos- Felipe Conde de Artois pelos seus temperamentos vivazes.
E talvez por serem mais parecidos com a Família Real francesa, ambos morenos que em contraste com o irmão louro de olhos azuis.
Seu pai, não gostava do seu espírito de independencia e por manifestar ás vezes teimosia.
Entretanto, seu pai como Delfim, mesmo sem acesso á política não deixou de mostrar grande solidariedade com o povo, além de ser reconhecido como um exemplo de retidão moral, ao contrário de seu pai Luís XV.
Luís Augusto, Duque de Berry, tornou-se Delfim da França aos 11 anos em 1765 quando seu pai morreu de tuberculose.
Sua mãe morreu pouco mais de um ano depois, tendo chegado a sugerir ao seu sogro Luís XV que gostaria que o Delfim se cassasse com a sobrinha dela.
O Preceptor dele Duque de La Vauguyon e também já o era do seu falecido irmão , bem como dos dois irmãos mais novos não o soube preparar para sua futura função como Monarca.
Não o instruiu na vida militar.
E o avô não se importou, o Rei Luís XV o qual vivia focado em depravação, pouca atenção dando aos netos.
O futuro Luís XVI, era um homem culto e inteligente , virtuoso, muito piedoso e de bom coração, mas faltava-lhe firmeza e determinação para enfrentar o clero e a nobreza quando veio a governar.
Tudo indica que sofria de uma grande carência emocional, pois para ele o mais importante era ser amado pelo povo.
Ninguém confunda Direito Divino dos Reis ( uma crença de Luís XVI e outros Monarcas ) com absolutismo.
O único Rei na França que foi realmente absolutista foi Luís XIV.
O avô de Luís XVI, Rei Luís XV já não era absolutista e menos ainda seu neto.
Aos 16 anos, o tímido Delfim Luís Augusto, assim como a Arquiduquesa Maria Antônia foram usados por seu avô Luís XV e pela Imperatriz Maria Teresa da Áustria, sendo unidos em casamento em Maio de 1770.
O Delfim Luís com Maria Antonieta na época do casamento.
Ele que sabia que seus pais eram anti-austríacos, assim como suas tias paternas, demorou meses para desenvolver amizade pela esposa e encarava a consumação do casamento como um Dever, mas tinha possivelmente um problema íntimo para conseguir, pois ainda que três anos depois declarasse que o casamento tinha sido consumado, quando só o foi de facto em 1777.
Os filhos viriam a unir o casal, a ponto de terem um grande sentimento fraternal um pelo outro, sem ser um amor conjugal.
Durante esses sete anos, foi uma provação para o casal ( devido ao Rei sofrer de fimose ) qualquer esposa se sentiria inútil no papel de Delfina e nos três primeiros anos como Rainha.
Ambos não tinham culpa mas o Delfim teria esse problema com qualquer outra esposa, pois estava nele a raiz dessa situação.
Longe de pensar em uma solução, ele já como Rei refugiava-se em seus passatempos como serralheria e deixou a esposa uma liberdade em excesso para ir á festas e mascaradas.
Só em 1778 é que finalmente a Rainha conseguiu conceber sua primeira filha Maria Teresa.
Outros três nasceriam, Luís José em 1781,( morreu aos 8 anos ) Luís Carlos em 1785 ( morreu aos 10 anos vítima da Revolução ) e Sofia em 1786 falecida um ano depois.
Nesse tempo decorria a Guerra de Independência da América, uma guerra que o Rei nunca deveria ter aderido, independente de ser inimigo da Inglaterra por causa da Guerra dos Sete Anos.
Essa guerra consumiu muito do tesouro francês.
As reformas que levou adiante foi assegurar os direitos dos cristãos huguenotes, cortou os gastos no Palácio.
Mas não se impôs com a nobreza e o clero na Assembleia dos Notáveis em 1787 e isso culminou em aceitar convocar os Estados Gerais , uma decisão funesta para Si e sua família.
Era necessário que a nobreza e o clero pagassem impostos e que os camponeses pagassem terem uma tributação mais reduzida para ser remediada a crise do pão, pela colheita perdida de 1788.
O Duque de Orleans primo do Rei nunca tendo sido amigo do primo, planejava tomar o Trono do mesmo e há muitos anos que era o principal agente por trás dos panfletos difamatórios contra a Rainha.
Foi o principal instigador da Revolução Francesa.
Dia 5 de Maio de 1789 , reuniram-se os Estados Gerais que foi o começo do fim, porque o Terceiro Estado era composto pela Burguesia que era em número muito superior ao Primeiro e Segundo Estado e nas primeiras divergências, ambicionaram o Poder se declarando « Assembleia Constituinte» dia 17 de Junho.
Após ser pressionado pela «Assembleia Constituinte» para dar uma Constituição á França, o Rei fechou a sala de reuniões no dia 20 de Junho.
Mas não deveria ter demitido Necker, devido a sua popularidade mas apenas vigia-lo.
Dia 14 de Julho, a Assembleia Constituinte torna-se governo com a tomada da Bastilha.
Nesse momento é incompreensível a atitude do Rei que não quer resistir á Revolução com os Regimentos que lhe são leais.
Ele deveria ter se reunido em uma fortaleza com a família para resistir, ao invés de ficar impassível no Palácio.
Mesmo quando soube que uma multidão vinha a caminho em 5 de Outubro para Versalhes não deu ordem de dispararem contra a multidão, até que ficou refém da Assembleia Nacional junto com a família, sendo levados em triunfo pela ralé assassina.
Houve mais tarde um homem que denunciou á Assembleia constituinte que o objetivo dessa Marcha era uma conspiração do Duque de Orleans para tomar o Trono.
Os homens dele sem dúvida eram os agitadores políticos.
A partir de então, o Rei ficou sendo uma marionete nas mãos da Assembleia, não exercendo sequer o direito de veto e sendo constantemente insultados e ameaçados pela populaça que se aproximava dos jardins.
Ele não permitia que ninguém sacasse da espada em sua defesa e essa foi a pior decisão que tomou em sua vida, assim como aceitar aprovar a Constituição Civil do clero em 1790, ainda que contrariado.
Não queria derramar o sangue de um único francês, mesmo sua vida estando em perigo assim como a da Rainha.
O Rei demonstrava estar fora da realidade, como esperando um milagre.
Tarde demais, ele percebeu que não adiantava tentar confraternizar com uma revolução de assassinos.
A fuga que tinha em vista alcançar Montmédy, foi mal planejada e tardia em 20 de Junho de 1791.
O Duque de Choiseul seu aliado na fuga também fracassou.
Por causa do atraso da Família Real, ditou que a fuga tinha sido cancelada .
Ele não esperou pela chegada do Rei, nem sequer tinha mensageiros com ele para enviar a outros destacamentos que iriam guardar a Familia Real, nem tampouco tinha mensageiros para vigiar a estrada de Paris, no caso de uma perseguição.
Ainda por cima, avisa as tropas que os esperavam, que estavam dispensados.
O primeiro a ser avisado foi o senhor de Goguelat em Pont-de Sommevel com um destacamento e este não enviou mensageiros ao Rei para confirmar, porém quem não tem perdão é o Duque de Choiseul de enviar mensageiros sem ter certeza do que se passara.
A seguir, o mesmo mensageiro avisou o Marques de Bouillé e o senhor de Raigecourt que o Rei não passaria por Varennes, e os mesmos partem sem terem a certeza.
Em Clermont, o Conde de Damas ficou no seu posto, ( mesmo com a informação insensata do mensageiro da desistencia da fuga ) e enviou um oficial para dar a notícia da chegada do Rei á Varennes
ao senhor de Bouille e de Raigecourt mas o infeliz errou a estrada e quando a Família real chegou á Varennes foi interceptada por uma denuncia de um jacobino, Drouet.
O Rei ainda tinha soldados com ele quando chegaram a Varennes, que poderiam ter aberto caminho á força, mas uma vez mais voltou a recusar confronto, desgraçadamente, passando a noite com a familia em Varenes.
Não se sabe como a notícia da Família Real presa em Varennes, chegou a Bouillé.
Goguelat deveria ter enviado um mensageiro imediatamente á ele, mas não o fez.
De forma que a Família Real, passou cerca de 8 horas em Varennes entre as 23 horas e ás 07:00 horas da manhã, quando foram reconduzidos á Paris, chegando só uma hora e meia depois Bouillé, que havia ficado encarregado de escoltar á Família Real até Montmédy, onde haveria Regimentos e uma fortaleza para a Família Real.
Uma vez de volta ás Tulherias, tornaram-se mesmo prisioneiros.
Em 1791, Lafayette apresentou ao Rei a proposta de se separar da Rainha e fecha-la em um convento para o apoiar.
O Rei que era um homem Digno recusou semelhante proposta, enquanto a Rainha estava disposta a sofrer essa humilhação se isso salvasse a vida do Rei, conforme confidenciou a Madame de Tourzel.
Vê-se que lealdade do casal um ao outro era profunda e tocante.
Em 1792, as Tulherias sofrem duas invasões em 20 de Junho e 10 de Agosto e então a Família Real é aprisionada na Torre do Templo, sendo primeiramente o Rei enviado como prisioneiro em 26 de Setembro de 1792.
No mesmo mês, a Convenção Nacional ( Órgão que assumiu o Poder no lugar da Assembleia Constituinte ) extinguiu a monarquia.
Foi tratado simplesmente pelo nome de « cidadão Luís Capeto».
Luís XVI foi separado da Família dia 11 de Dezembro, para comparecer a Convenção.
O Rei apelou para a Constituição de 1791, que declarava sua pessoa inviolável.
Mas os revolucionários eram torpes e nada respeitavam.
O Natal de 1792 que foi o último de sua vida foi passado a escrever seu Testamento que demonstram o seu carácter bondoso.
Recusou a convivência com o filho, porque foi transmitido que o mesmo não veria a mãe durante esse tempo.
Em Paris é que as pessoas estavam loucas e animalescas exigindo a morte do Rei.
O julgamento do Rei perturbou muitos no Exército, bem como grande parte do interior do País.
Dia 16 de Janeiro de 1793, infelizmente a pena de morte foi decidida.
Após 40 dias sem contato com a família, permitiram ao Rei se despedir da Família em 20 de Janeiro de 1793 ( algo que não foi concedido mais tarde á Rainha).
Dia 21 de Janeiro, o Rei sobe para a carruagem acompanhado pelo seu confessor.
Mostrou sempre compostura, só se revoltando quando lhe amararam as mãos.
Suas últimas palavras no cadafalso:
Morro inocente de todos os crimes dos quais fui acusado. Eu perdoo aqueles que me levaram à morte, e rezo para que o sangue que vocês estão prestes a derramar nunca seja demandado da França…”
TESTAMENTO DE LUÍS XVI:
Em nome da Santíssima Trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo, hoje no vigésimo dia de Dezembro de 1792, eu, de nome Luís XVI, Rei da França, estando com a minha família encerrado há mais de quatro meses na Torre do Templo de Paris, por aqueles que me estiveram sujeitos, e privado de toda a comunicação com outros, mesmo depois do 11 do decorrente com a minha família, e ademais implicado num processo cujo desenlace é impossível prever devido às paixões dos homens, e para o qual não se encontra pretexto e causa algumas segundo a lei existente, e não tendo mais testemunha dos meus pensamentos a Deus e a quem possa dirigir-me, declaro aqui em Sua presença as minhas últimas vontades e meus sentimentos.
Eu deixo a minha alma a Deus, meu criador; eu rogo-Lhe que a receba em Sua misericórdia, não julgá-la por méritos meus, mas sim pelos de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, por nós homens, ofereceu-Se em sacrifício a Deus Seu Pai, por mais indignos que fossemos, a começar por mim.
Eu morro em união com a nossa Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana, detentora dos seus poderes provenientes de uma sucessão ininterrupta de S. Pedro, a quem Jesus os tinha confiado; firmemente eu creio e confesso tudo o que está contido no Símbolo dos Apóstolos e mandamentos de Deus e da Igreja, Os Sacramentos e os Mistérios tal como a Igreja Católica ensina e ensinou sempre. Não pretendi jamais fazer-me juiz nas diferentes maneiras de explicar os dogmas que desgarram à Igreja de Jesus Cristo; mas confiei e sempre confiarei, se Deus me prestar vida, nas decisões que os superiores Eclesiásticos unidos à Santa Igreja Católica, dão e deram conforme a disciplina da Igreja, seguida desde Jesus Cristo. Compadeço-me de todo o coração dos nossos irmãos que podem estar no erro, mas não pretendo julgá-los, e a todos eles em Jesus Cristo não amo menos, tal como a caridade cristã ensina. Rogo a Deus que me perdoe de todos os meus pecados; eu tentei conhecê-los escrupulosamente, detestá-los, humilhar-me na sua presença, e ao não poder servir-me do Ministério de um Sacerdote católico rogo a Deus receber a confissão que Lhe fiz e sobretudo o arrependimento profundo que tenho de ter colocado o meu nome (ainda que tivesse sido contra a minha vontade) em actos que podem ser contrários à disciplina e à crença da Igreja Católica à qual sempre permaneci sinceramente unido de coração, rogo a Deus receber a resolução firme na que me encontro se me outorga vida, servir-me prontamente como me seja possível do Ministério de um Sacerdote Católico para acusar-me de todos os meus pecados, e receber o sacramento da Penitência.
Eu rogo a todos aqueles a que possa ter ofendido por inadvertência (porque não recordo ter ofendido ninguém deliberadamente) ou àqueles a quem possa ter dado mau exemplo ou escândalo, que me perdoem o mal que creiam poder ter-lhes feito.
Eu peço a todos aqueles que têm Caridade unirem as suas às minhas orações, para obter de Deus o perdão dos meus pecados.
Eu, de todo o coração, perdoo àqueles que se fizeram meus inimigos, sem que eu lhe tenha dado razão alguma; e rogo a Deus que os perdoe, igualmente àqueles que por um falso zelo, ou por zelo mal entendido, muito mal me fizeram.
Eu deixo a minha alma a Deus, meu criador; eu rogo-Lhe que a receba em Sua misericórdia, não julgá-la por méritos meus, mas sim pelos de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, por nós homens, ofereceu-Se em sacrifício a Deus Seu Pai, por mais indignos que fossemos, a começar por mim.
Eu morro em união com a nossa Santa Madre Igreja Católica, Apostólica e Romana, detentora dos seus poderes provenientes de uma sucessão ininterrupta de S. Pedro, a quem Jesus os tinha confiado; firmemente eu creio e confesso tudo o que está contido no Símbolo dos Apóstolos e mandamentos de Deus e da Igreja, Os Sacramentos e os Mistérios tal como a Igreja Católica ensina e ensinou sempre. Não pretendi jamais fazer-me juiz nas diferentes maneiras de explicar os dogmas que desgarram à Igreja de Jesus Cristo; mas confiei e sempre confiarei, se Deus me prestar vida, nas decisões que os superiores Eclesiásticos unidos à Santa Igreja Católica, dão e deram conforme a disciplina da Igreja, seguida desde Jesus Cristo. Compadeço-me de todo o coração dos nossos irmãos que podem estar no erro, mas não pretendo julgá-los, e a todos eles em Jesus Cristo não amo menos, tal como a caridade cristã ensina. Rogo a Deus que me perdoe de todos os meus pecados; eu tentei conhecê-los escrupulosamente, detestá-los, humilhar-me na sua presença, e ao não poder servir-me do Ministério de um Sacerdote católico rogo a Deus receber a confissão que Lhe fiz e sobretudo o arrependimento profundo que tenho de ter colocado o meu nome (ainda que tivesse sido contra a minha vontade) em actos que podem ser contrários à disciplina e à crença da Igreja Católica à qual sempre permaneci sinceramente unido de coração, rogo a Deus receber a resolução firme na que me encontro se me outorga vida, servir-me prontamente como me seja possível do Ministério de um Sacerdote Católico para acusar-me de todos os meus pecados, e receber o sacramento da Penitência.
Eu rogo a todos aqueles a que possa ter ofendido por inadvertência (porque não recordo ter ofendido ninguém deliberadamente) ou àqueles a quem possa ter dado mau exemplo ou escândalo, que me perdoem o mal que creiam poder ter-lhes feito.
Eu peço a todos aqueles que têm Caridade unirem as suas às minhas orações, para obter de Deus o perdão dos meus pecados.
Eu, de todo o coração, perdoo àqueles que se fizeram meus inimigos, sem que eu lhe tenha dado razão alguma; e rogo a Deus que os perdoe, igualmente àqueles que por um falso zelo, ou por zelo mal entendido, muito mal me fizeram.
Eu encomendo a Deus minha mulher, meus filhos, minha irmã, minhas tias, ao meus irmãos, e a todos aqueles cujos laços de sangue me unem, e de qualquer outra maneira que seja; eu rogo a Deus que, em particular, olhe com olhos de misericórdia minha mulher, os meus filhos e minha irmã, os quais sofrem comigo já há bastante tempo, que com a Sua graça os sustenha se chegarem a perder-me, e enquanto sigam neste mundo transitório.
Eu encomendo os meus filhos à minha mulher; jamais duvidei da sua ternura maternal para com eles, encomendo-lhe principalmente tudo o que deles faça bons Cristãos e homens honestos, que os faça ver as grandezas deste mundo terreno (caso os condenem a vivê-las) apenas como bens perigosos e passageiros e que voltem o seu olhar para a glória da Eternidade, a única solida e perdurável,à minha irmã rogo que continue terna para com os meus filhos, e que lhes faça as vezes de mãe caso tivessem a desgraça de perdê-la.
Eu encomendo os meus filhos à minha mulher; jamais duvidei da sua ternura maternal para com eles, encomendo-lhe principalmente tudo o que deles faça bons Cristãos e homens honestos, que os faça ver as grandezas deste mundo terreno (caso os condenem a vivê-las) apenas como bens perigosos e passageiros e que voltem o seu olhar para a glória da Eternidade, a única solida e perdurável,à minha irmã rogo que continue terna para com os meus filhos, e que lhes faça as vezes de mãe caso tivessem a desgraça de perdê-la.
Eu rogo à minha mulher que me perdoe todos os males que por mim sofre, e as penas que pude ter-lhe causado no percurso da nossa união, pode também estar segura de que nada guardo em contrário, caso pensasse que eu tenha algo de que queixar-me.
Abaixo, um vídeo esclarecedor sobre a Revolução Francesa.