quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rainha martir




 Filha de Maria Teresa de Habsburgo e de Francisco Estêvão de Lorena, imperadores do Sacro Império Romano-Germãnico, Maria Antonieta era  a  penúltima filha  de uma família de 15 irmãos.
Nascida  em  2  de  Novembro  de  1755.

Sua  educação  como  Arquiduquesa  foi  nigligenciada.

A  mãe,  Imperatriz  Maria  Teresa  deixou  ela  e  seus  irmãos  a  cargo  de  Governantas  que  apesar  de  serem  senhoras  de  bem, não  exigiam  que  as  crianças  aprendessem  a  cumprir  deveres  de  sua  condição  e  também  os  mimavam  demais.
A  Imperatriz  era  uma  mulher  íntegra  e  honrada, corajosa,   Maria  Antonieta  herdou  essas  características,  porém  não  o  seu  tato  e  prudência.

Só  quando  a  Arquiduquesa  Maria  Antonia  tinha  12  anos  é  que  sua  mãe  reparou  mais  nela,  pois  grande  parte  do  seu  Reinado  esteve  envolvida  em  guerras  com  a  Prússia.

Quando  foi  casada  com  o  então  Delfim  Luis  Augusto,  era  uma  criança  de  14  anos  que  havia  recebido  só  cerca  de  um  ano  antes  alguma  formação ( mesmo  assim  insuficiente)  para  o  cargo  que  viria  a  ocupar  um  dia.

  Quando  chegou  a  Versalhes  na  qualidade  de  Delfina,  ela  não  tinha  um  único  amigo  verdadeiro  e  quando  fez  escolhas  infelizmente  não  foram  as  melhores (  com  excepção  da  Princesa  Maria  Teresa  de  Lamballe)  e  assim  foi  arrastada  para  mascaradas, jogos e bailes.

Uma  postura  correta  que  assumiu  enquanto  Delfina  e  manteve  depois  como  Rainha,  foi  não  ter  amizade  com  a  amante  do  Rei  Luis XV,  sua  mãe  pressionou-a  muito  nesse  sentido.
Se  ela  tivesse  acedido  a  esse  desejo  da  mãe,  teria  ganho  o  ódio  do  marido  que  tal  como  toda  a  Família  Real  não  tinham  qualquer  contacto  com  ela.
Também  atrairia  a  desconfiança  do  povo  que  odiavam  a  favorita.



A   Guerra dos Sete Anos   e  as  despesas  avultosas  do  Rei  Luis XV  com  as  amantes,  haviam  acarretado  já  um  grande  Déficit.




Em  uma  Corte  que  não  havia  amigos  sinceros ( salvo a Princesa de  Lamballe),  a  Delfina  deixou-se  arrastar  por  más-companhias  tendo  sido  insensata  em  algumas  decisões  como conceder  altas  pensões  á  Família  Polignac, dissipação  e jogos.



Maria  Antonieta,  ainda  Delfina  da  França.

A  Delfina  gostava  de  bailes  de  máscaras,  um  divertimento  inocente  mas  que  era  mau-visto.

 Devido  á  sua  frustação  na  sua  vida  matrimonial  com  um  casamento  que  demorou  7  anos  para  ser  consumado,  Maria  Antonieta  acabou  sendo  arrastada  por  amigos  para  divertimentos, jogos, e  modas  extravagantes.

Talvez  o  maior  erro  do  Rei  e  da  Rainha  foi  o  facto  de  terem  apoiado  a  Guerra  de  Independência  Americana.  Isso  acarretou  um  défict  no  Tesouro  Real.
Aderiram  por  imprudência,  após  verem  seus  súditos  partirem  para  a  Guerra.


  O  fato  de  ser  Austríaca  já  despertava  suspeitas  de  ser  uma  conspiradora,  visto  que
Aústria  e  França  eram  antigas  inimigas.

Sua  mãe  a  colocou  em  uma  posição  dificil  quando  exigia  dela  que  zelasse  pelos  interesses
da  Aústria.

Eram  guerras  procuradas  por  seu  irmão  José  II.
Entretanto  a  Rainha  nunca  conseguiu  que  o  Rei  a  ouvisse  nessas  questões.


Como  Rainha mantinha  diversas  obras  de  caridade  e  demonstrava  interesse  na  resolução  do  problema da  fome  que  se  agravava  a  muito  tempo  no  País.

Mas,  praticamente  ninguem  sabia  disso.

As Bodas de Fígaro,  as  quais  a  Rainha  por  grande  imprudência  participou,  pois  era  uma  peça  de  teatro  subversiva,  mas  Maria  Antonieta  não  refletiu  sobre  isso.
 
Foi  a  mulher  mais  injustiçada  e  caluniada  de  todos  os  tempos,  mas  a  verdadeira  história  foi descoberta  no  século  XX  e  finalmente  sua  memória  foi  reabilitada.

Sua  ingenuidade  em  não  reagir  ás  calúnias  que  levantaram  contra  ela  logo  após  se  tornar  Rainha  foi  fatal ,  pois  foi  graças  á  calúnia  que  a  Revolução  venceu,  o  povo  estava  convencido  de  que  a  Rainha  era  um  monstro  e  uma  libertina,  o  que  era  falso.
Mesmo  assim  nada  justificaria  sua  violência  e  crueldade.
O  Duque  de Órleans  deveria  ter  sido  aprisionado,  assim  como  outros  membros  da  nobreza  e  burguesia  que  eram  responsáveis  pelos  panfletos  difamatórios  contra  ela.






Maria  Antonieta,  aos  20  anos,  quando  se  tornou  Rainha,  era  uma  jovem  inocente.
E  não  tinha  ministros  leais  e  competentes  que  os  aconselha-sem.
O  falecido Rei  Luis XV  não  havia  tomado  qualquer  medida  para  deixar  pelo  menos  um  Ministro  competente  que  orientasse  o  jovem  Rei.





Le  Petit  Trianon,    longe  de  ser  um  palacete  de  alto  luxo  como  afirmavam  seus
inimigos  era  o  único  lugar  onde  a  Rainha  tinha  paz  de  espírito,  longe  das  intrigas  de   Versalhes, que  começaram  logo  após  seu  casamento  por  ser  austríaca.


  Também  o  Rei  Luis XVI  nunca  a  deixou  ter  qualquer  participação  na  política,  de  forma  que  ela  não  pode  ser  acusada  de  não  ter  feito  Reformas  na  Lei.
Somente  quando  o  Rei  caiu  em  grande  depressão  depois  de  não  ter  conseguido  que  os  nobres  aceitassem  a  reforma  fiscal  quando  convocou:  

A  ASSEMBLÉIA  DOS  NOTAVEIS  em  Fevereiro  de  1787  é  que  a  Rainha  teve  acesso  na  política. 

O  novo  Ministro das  Finanças  Loménie  de  Briene  
aconselhou a  Rainha  a   fazer   grandes  cortes  em   suas   despesas   e   nas   de   seus   amigos.   A redução  dos  gastos   não   melhorou   sua   popularidade,  mas   afastou-a   de   seus   amigos  e   a população   passou   a    compará-la   a Fredegunda e   Isabel da Baviera - as  mais  terríveis e  odiadas rainhas  de  França.

Entre  as  reformas  que  Loménie  de  Brienne  conceguiu  contam-se:

 editais  referentes  ao   comércio  interno  livre,  a  criação  de  assembléias  provinciais  e  d o resgate da corvéia;  em  sua  recusa  de  registo  de  decretos  sobre  o  imposto  de  selo  e  da  terra   nova   proposta geral  de  impostos,  ele  persuadiu  o  Rei  Luis XVI  para  prender  um  lit  de  justice,  para  fazer  valer  o seu   registo.
 Para  esmagar  a  oposição  a  essas  medidas,  ele  persuadiu  o  Rei   para  o  exílio  do  parlamento de Troyes,  mas  o  Parlamento  acabou  triunfando  sobre  Brienne  e  este  demitiu-se  persuadindo  o  Rei  a  convocar  os  Estados  Gerais.

A  Rainha  foi  culpada  por  esse  fracasso,  o  que  era  muito  injusto  uma  vez  que  foram  os  nobres  parlamentares  os  culpados  por  resistir  ás  reformas.

Luís  XVI  apesar  de  ser  um  homem  de  bom-coração,  não  tinha  a  força  de  vontade  necessárias  para  enfrentar  a  nobreza.

A  Rainha  desde  o  princípio   entendeu  a  Convocação  dos  Estados  Gerais  era  uma  ameaça  ao  Poder  Real,  mas  cumpriu  sua  parte  no  tocante  á  si,  diminuindo  consideravelmente  seus  gastos  e  os  salários  de  seus  amigos  que  ocupavam  cargos  na  Corte,  entre  eles  os  sanguessugas  da  Família  Polignac  que  causaram  um  grande  mal  á  Rainha.

O  facto  é  que  esse  período  de  pré  convocação  dos  Estados  Gerais  os  Reis  sofreram  com  a  doença  e  morte  do  Delfim  e  não  tinham  quem  os  representassem  nesse  período  de  dor.

Este  é  um  artigo  sobre  a  Rainha  e  não  comentarei  amplamente  a  Revolução,  isso  comentarei  em  outro  artigo.



Maria  Antonieta  em  1788.

Foi  fatal  para  os  Reis  terem  convocado  os  Estados  Gerais,  pois  o  3º  Estado  que  era  de  longe  o  que  reunia  maior  número  de  membros,  assumiu  o  controle  e  os  Reis  ficaram  prisioneiros  dos  mesmos,  pois  estes  que  eram  a  burguesia  pretendiam  privilégios  e  usurpar  o  lugar  da  nobreza.

Após  a  queda  da  bastilha,  a  prisão  nas  Tulherias,  a  infeliz  tentativa  de  fuga  da  Família  Real,  a  Rainha  percebeu  que  estavam  perdidos,  ainda  que  lutasse  pela  preservação  da  Coroa  para  seu  filho.

A  execução  do  Rei  foi  um  grande  golpe  na  sua  vida,  mas  não  satisfeitos,  os  jacobinos  em  sua  extrema  crueldade  retiraram-lhe  o  filho  e  nunca  mais  permitiram  que  a  Rainha  o  visse.

Este  foi  o  golpe  mais  cruel  que  poderiam  infligir  á  Rainha  que  amava  seu  filho  mais  do  que  tudo  na  vida.  Foi  uma  crueldade  revestida  de  grande  sadismo  contra  uma  pobre  mãe.

Segundo  Maria  Teresa  relataria  mais  tarde,  Maria  Antonieta  opôs-se  fortemente  à  determinação, chegando  a  pedir  que  a  matassem  antes  de  separa-la  de  seus  filhos  apenas  cedendo  quando  os  carcereiros  ameaçaram  usar  de  violência contra o delfim. 

 A educação de Luís Carlos foi confiada a Antoine Simon, um  sapateiro  analfabeto. Sua  tarefa  era colocar  o  menino  contra  a  mãe  para  que  ele  fosse  usado  como  arma  no  julgamento  de  Maria Antonieta.  Em 6 de outubro, Luís  Carlos  assinou  uma  declaração  em  que  acusava  sua  mãe  de tê-lo iniciado  em   práticas masturbatórias  e  incestuosas.

O  Delfin  tinha  uma  grande  imaginação  para  inventar  histórias  como  a  Rainha  uma  vez  confidenciou  a  uma  Dama.
Os  revolucionários  levaram  o  menino  a  uma  degeneresncia  total  de  caracter.


O menino começa a perceber que ele é bem tratado quando ele diz palavrões; que ele é bem tratado quando ele usa um vocabulário novo, que não lhe tinham ensinado até então.


E eles então estimulavam o menino a dizer palavras porcas, a falar de um modo cafajeste, a ostentar sentimentos contrários à família real, a injuriar o próprio pai, a injuriar a própria mãe. Eles, naturalmente, caluniavam o pai e a mãe para o menino e o menino era aplaudido quando dizia essas coisas.

Diziam-lhe  que  a  mãe  não  gostava  mais  dele.

E também o embriagavam.
Não  satisfeitos  ainda,  resolveram  um  mês  depois  enviar  a  Rainha  para  a  conciergerie  uma  prisão  extremamente  dura,  desprovida  do  básico  para  a  vida  dos  presos.

O  seu  Julgamento  foi  uma  farsa  pois  sua  execução  já  estava  prevista.

Não  só  ela  recusou  abandonar  os  filhos  para  salvar-se,  mas  também  recusou  abandonar  o  próprio  marido  para  se  manter  a  salvo  no  início  da  Revolução  em  1789  como  ficou  provado  em  seu  Julgamento:


Fez-se,  então,  entrar  a  primeira  testemunha, um  almirante  chamado  Charles-Henri d’Estaing, que  se qualifica  no  processo  verbal  como  “antigo militar de terra e mar a serviço da França”  (BERTIN, p. 116). Disse  ele  ter  conhecido  a  acusada,  mas  que  não  sabia  de  nenhum  plano  de  fuga  para  a  Família Real  em  5 de outubro de 1789,  quando  uma  multidão  de  parisienses  marchou  até  o  Palácio de Versalhes  exigindo  farinha  dos  soberanos.
 Contudo,  ele  relata  uma  passagem  bastante  interessante  sobre  o  comportamento  de                 Maria  Antonieta   nesse  dia:  ao  ouvir  os  conselheiros  da  Corte  dizer  para  a  então  Rainha da França de  que  ela  precisava  partir,  pois  o  povo  vinha  assassiná-la, esta  respondera  que :

“se os parisienses vêm aqui para me chacinar, fá-lo-ão aos pés do meu marido, mas não fugirei”. Após essa declaração, a ré se levantou e proferiu as seguintes palavras :


– “É verdade. Queriam convencer-me de partir sozinha porque, segundo diziam, era apenas eu quem corria perigo. Eu dei a resposta a que a testemunha se referiu”.

O  Tribunal  Revolucionário  mostrou  várias  incoerencias  desde  o  princípio,  enquanto  a  Rainha  nunca  caiu  em  contradição.

Citaram  o  caso  do  colar  de  diamantes  ao  que  a  Rainha  respondeu  que  nunca  tinha  visto  a  Condessa  Jeanne  de  La  Mote  Valois  e  não  conceguiram  qualquer  prova  pois  era  impossivel  provar  uma  farsa.

Muito  insultada  no  seu  Julgamento,  só  revoltou-se  com  a  acusação  de  incesto :  Se não respondo, é porque a própria natureza se recusa a responder a tal acusação feita contra uma mãe! Faço um apelo a todas as mães presentes."

 Maria  Antonieta  teve  o  apoio  dos  cidadãos  da  audiência  e  o  julgamento  foi  interrompido  por  dez minutos. Quando   Robespierre  soube  do  episódio, amaldiçoou   Hebert   por   ter   dado   à   ex-rainha  seu "último triunfo público".

Por  fim,  a  única  acusação  que  tinha  algo  em  concreto  era  que  a  Rainha  participou  na  Contra-Revolução.

Não  lhe  concederam  despedir-se  dos  seus  filhos  antes  de  morrer,  o  que  haviam  concedido  ao  Rei.

Até  no  dia  da  sua  execução  a  humilharam  amarrando-lhe  as  mãos  e  reservaram  uma  carroça  velha  para  leva-la  até  o  cadafalso.


Os  jacobinos  eram  destituídos  de  honra  e  consciencia.   Só  queriam  o  poder.  Quem  comemora  a  Revolução  Francesa  é  destituído  de  consciência,  e de  sentimentos,  pois  a  pena-de-morte  é  o  que
há  de  mais  abominavel  no  Mundo.

Não  pouparam  nem  sequer  o  Delfim  Luís  Carlos,  mesmo  sendo  uma  criança.
O  qual  os  revolucionários  agradaram
para  o  manipular  contra  a  mãe  e  depois  de  obtidos  os  seus  propósitos  o  encarceraram,    matando-o  aos  poucos  através  de  fome  e  maus-tratos.  Os  jacobinos  eram  piores  que  as   feras, abaixo  de  animais.

Mais  tarde  houve  farsantes  que  tentaram  enganar  a  Família Real,  afirmando  ser  o  Delfim.
Felizmente,  ninguém  da  Família  deu-lhes  crédito.

A  História  comprovou  que  o  Delfim  morreu  aos  10  anos .

http://www.publico.pt/culturaipsilon/jornal/o-adn-devolveu-a-coroa-a-luis-xvii-142907

  Quem  comemora  a  Revolução  Francesa  é  louco e  sádico   Foi   a   época    mais    terrível    e
medonha    da   França.
Houve   quem   combatesse   os   jacobinos,    como   os:  heróis   da   Vendéia,   o    Barão    de
Batz,    mas infelizmente    foram    poucos,   em   proporção    aos    infames    revolucionários.
.




                                                       Delfim  Luís  Carlos.

A carta da Rainha Maria Antonieta à sua irmã é considerada seu testamento. A carta é de uma catolicidade maravilhosa e foi escrita pouco antes da Rainha ser assassinada :

Leia o original, em francês, na íntegra em:
http://pierre.lempereur.free.fr/Testament/testament%20Marie.htm

Abaixo tradução minha do trecho final:
“..Só me resta lhe confiar meus últimos pensamentos; Eu quis lhe escrever desde o começo do processo, mas além de não me permitirem escrever, o andamento (do processo) tem sido tão rápido que eu não teria tido realmente tempo (para escrever).
Eu fui educada na religião católica, apostólica e romana, naquela de meus pais, e nela eu cresci e sempre professei; não tendo (agora) nenhuma consolação espiritual a esperar, não sabendo se existem aqui (na França) ainda padres desta religião, e mesmo (se existisse ainda padres) o lugar (a prisão) onde eu estou os exporia muito a riscos, se eles me falassem, ainda que fosse só uma vez;
Eu peço sinceramente perdão a Deus por todas as faltas que eu cometi desde que nasci.
EU ESPERO QUE DENTRO DE SUA BONDADE, ELE DESEJARÁ  RECEBER BEM MINHAS ÚLTIMAS PRECES, ASSIM COMO AQUELAS QUE EU FIZ DESDE MUITO TEMPO PARA QUE ELE QUEIRA BEM RECEBER MINHA ALMA, NA SUA MISERICORDIA E NA SUA BONDADE.

Eu peço perdão a todos aqueles que conheço, e a Vós, minha irmã, em particular, de todos os sofrimentos que,  sem o querer, poderia lhe ter causado; EU PERDOU A TODOS MEUS INIMIGOS PELO MAL QUE ME TÊM FEITO.
Eu digo Adeus as minhas tias e todos meus irmãos e irmãs. Eu tinha dos amigos, a idéia de não ser nunca separada deles, e o sofrimento deles são os maiores lamentos que eu levo ao morrer. QUE ELES SAIBAM PELO MENOS QUE ATÉ O ÚLTIMO INSTANTE DE MINHA VIDA EU PENSEI NELES.
Adeus! Minha boa e terna irmã. Possa esta carta chegar até Você.
Pense sempre em mim. Eu te abraço de todo  meu coração, assim como minhas pobres e queridas crianças, Meu Deus!
Quanto CORTA O CORAÇÃO deixá-los para sempre!
Adeus! Adeus! Eu vou me ocupar, de agora em diante, só de meus deveres espirituais. Como eu não sou livre nas minhas ações, eles (os seus algozes), me trarão talvez um Padre, mas eu prometo solenemente, aqui, que eu não lhe direi uma palavra e o tratarei como a um estranho”.
AssinadoMarie Antoinette, Reine de France.  

Ela  não  se  dirigiu  ao  povo,  no  cadafalso,  como  fizera  o  Rei  9  meses  antes.

Na  minha  opinião,  ela  procedeu  bem  pois  aquele  povo  sanguinário  só  merecia  o  seu  desprezo.

A  execução  da  Rainha  Maria  Antonieta  além  de  injusta  foi  ilegal  pois  de acordo com o contrato de casamento de Maria Antonieta e Luís XVI, no caso da morte deste, ela voltava a ser uma arquiduquesa da Áustria e, portanto, deveria retornar para sua terra natal.




A  Rainha  Maria  Antonieta  com  seus  amados  filhos.


Maria  Antonieta   tinha  qualidades  e  defeitos  como  todos  nós.  Sendo  que  muitos  defeitos  foram inventados  pelos  revolucionários.  As  principais  calúnias  eram:

A  acusação  infame  de  incesto,  depravações, lesbianismo  e  orgias,  A  fraude  do  colar  de  diamantes  em  que  a envolveram  e  milhões  enviados  para  a   Aústria.


É  certo  que  Maria  Antonieta  não  tinha  o  tato  e  a  prudência  que  são  necessários  á   uma   Rainha.
Mas  de  salientar  que:

Ela  tinha  bom-coração.  Só  não  sabia  como  agir.  Já  está  provado  que  nunca  disse:
 Se  não  teem  pão  que  comam   brioches.

Era   uma   mãe   maravilhosa,   tanto  que   se   recusou  á   fugir  quando  seus   amigos  se  dispuseram  á  ajuda-la    porque   não   queria   fugir   sem   os   filhos ,  aceitando   assim   o   seu   destino.

Tinha   uma   coragem   á   toda   prova,   enfrentando   a   morte  com  calma  e  dignidade  extraordinárias.
Embora   tenha   havido   alguma   dissipação   no   tempo  em  que  era  Rainha , ela   não   era   insensivel. Apenas   imprudente,   mas   nada   que   justifica-se   o   horror   da   revolução   francesa.
Ela   foi   o   bode   expiatório  de  uma  situação  que  já   vinha   de   longe  do  tempo  de  Luís  XIV.









Em  memória  da  Rainha  Maria  Antonieta  deixo  a  flor  Centáurea  Azul, que  era  a  sua  flor  favorita.

Todos  que  aprovam  execuções  deveria  lhes  acontecer  o  mesmo,  porque  são  pessoas   execráveis
sem coração .

SÓ 215 ANOS DEPOIS  DE  SUA  EXECUÇÃO  INJUSTA É QUE O MINISTRO  DOS  ASSUNTOS  EXTERIORES  TEVE  A  DECENCIA  DE  PEDIR  PERDÃO  A  AÚSTRIA:

Quase 215 anos depois da decapitação, em plena Revolução Francesa, da última rainha da França, a austríaca Maria Antonieta, o ministro de Assuntos Exteriores francês, Bernard Kouchner, pediu desculpas pelo ocorrido. "Sinto muito pelo que aconteceu", disse nesta quinta-feira, 17, o chanceler francês aos jornalistas, em Viena.

DIA 17 DE  JULHO  DE  2008.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,ministro-frances-pede-perdao-por-execucao-de-maria-antonieta,207708,0.htm

Querem  ver  um  filme  fidedigno  sobre  Maria  Antonieta?
Ai  segue:




Documentário  Fidedigno  sobre  a  Rainha:


Quem  não  gostava  dela  eram  os  imorais,  os  que  gozavam  de  privilégios  absurdos  que  ela  cortou  uns  anos  antes  da  Revolução  Francesa  tendo  ela  mesma  dado  o  exemplo  reduzindo  gastos  com  vestuário,  festas  e  jóias.
No  Youtube,  pode  ver  esse  documentário  no  seu  idioma,  há  ativação  de  legendas.

A  biografia  mais  fidedigna  de  Maria  Antonieta,  foi  escrita  por  Antónia  Fraser
que  desde 1969, Antonia Fraser tem escrito muitas obras históricas aclamados que foram best-sellers internacionais,  incluindo  o  seu  livro  sobre Maria  Antonieta.
 Recebeu  o  Prémio  Nobel  de  Literatura..  Ela foi premiada com a Medalha Medlicott Norton pelo Historical Association, em 2000. Antonia Fraser foi feito DBE em 2011 por seus serviços à literatura.

http://rainhastragicas.com/2012/11/23/a-jornada-de-maria-antonieta/





Apontamentos  sobre  a  Rainha:

Maxime de la Rocheterie em Marie-Antoinette

"Ela não era uma mulher culpada, nem foi ela um santa; ela era, uma mulher encantadora vertical, um pouco frívola, um tanto impulsiva, mas sempre pura, ela era uma rainha, às vezes ardente em suas fantasias para seus favoritos e impensadas em sua política, mas orgulhosa e cheia de energia, uma mulher completa em seus modos cativantes e ternura de coração, até que ela se tornou um mártir ". ~ A vida de Marie-Antoinette por M. de la Rocheterie, 1893

John Wilson Croker em Marie-Antoinette

"Acompanhamos a história de Marie Antoinette com a maior diligência e escrúpulo Temos vivido naqueles tempos Temos conversado com alguns de seus amigos e de alguns de seus inimigos;.. Temos lido, certamente não todos, mas centenas dos libelos escrito contra ela; e nós, em suma, examinamos sua vida com- se pode ser autorizado a dizê-lo de algo estabeleceu-da precisão dos contemporâneos, a diligência de inquiridores, e da imparcialidade dos historiadores, tudo combinado, e nós sinto que o nosso dever de declarar, em como uma maneira solene como literatura admite, nossa opinião bem amadurecido que cada censura contra a moral da rainha foi uma calunia- bruta  contra  ela  que  era, como já dissemos, um dos mais puros dos seres humanos. "~ de História da guilhotina por John Wilson Croker de 1844


Edmund Burke em Marie-Antoinette

"É agora dezesseis ou dezessete anos desde que eu vi a rainha da França, em seguida, delfina, em Versalhes;. E certamente nunca iluminado neste orbe, que ela mal parecia tocar, uma visão mais delicioso que eu a vi logo acima do horizonte , decoração e aplaudindo a esfera elevada ela tinha apenas começado a se mover, brilhando como uma estrela da manhã cheio de vida e esplendor e alegria. Oh, o que é uma revolução .... Mal sabia eu sonho que eu deveria ter  de  viver para ver tais catástrofes cair sobre ela, em uma nação de homens galantes, em uma nação de homens de honra e de cavaleiros! Eu pensei que dez mil espadas deve saltar de suas bainhas, para vingar mesmo um olhar que a ameaçou com insulto. Mas a idade da cavalaria se vai; o de sofistas, economistas e calculadoras conseguiu .... "~ Edmund Burke, outubro 1790

John Wilson Croker em


Aconselho  o  seguinte  livro  á  todos  que  queiram  saber  o  que  de  fato  foi
a  terrível  Revolução  Francesa:





A   Revolução   Francesa   de   1789   é   normalmente   descrita   como   um   acontecimento         glorioso,   libertador   e   fraternal,   que   significou   o   triunfo   de   uma   Razão   há   longo   tempo amadurecida   e   desejada   na   Europa   e   que   destruiu   o   mundo   do   Ancien   Régime.
 Mas   o   acontecimento   que   é   apontado   como   o   fundador   de   valores   como   a           Liberdade,   Igualdade   e   Fraternidade,   representou,   simultaneamente  , um   dos   mais   sangrentos períodos   da   história   contemporânea,   com   marcas   que   perduram   até   aos   dias   de   hoje.

 O   Livro   Negro   da   Revolução   Francesa   não   pretende   «branquear»   factos.
 É   inegável   que   a   extrema   violência   que   este   acontecimento   gerou   - e   que,   no   entanto,
 se   reclama   como   sendo   um   produto   das   Luzes   - deixou   marcas   indeléveis   em   sucessivas gerações   no   mundo   ocidental.
 Este   livro   pretende   apresentar   uma   visão   alternativa   não   só   da   Revolução   Francesa,   mas também   dos   processos   revolucionários   globalmente   considerados  , oferecida   por   trabalhos   e reflexões   críticas   com   um   valor   e   autoridade   que   são,   frequente   e   precipitadamente, recusados,   mas   que   têm   sido   fundamentais   para   a   desconstrução   da
  «mitologia»  revolucionária.
 Das   perseguições   religiosas   aos   tribunais   do   Terror,   da   guerra   civil   à   destruição   de       obras   de   arte,   o   leitor   poderá,   com   o   presente   livro,   ganhar   uma   nova   perspectiva   sobre um   dos   acontecimentos   mais   marcantes   da   História.

E  também  o  livro:


De  Edmund  Burker.



Edmund Burke procura denunciar o espírito voluntarista da Constituição francesa, fundada num individualismo igualitário abstrato. Com isso, pretende sublinhar o abismo existente entre o reformismo à inglesa e o espírito absolutista da Revolução Francesa; para ele, tratava-se de um fenômeno novo, que não podia ser comparado à Revolução Inglesa de 1688, esta sim capaz de provocar uma mudança dinástica e constitucional ponderada e limitada. Burke se filia assim à longa linhagem que inclui Bernard Mandeville e

Adam Smith, na qual está a gênese do pensamento econômico e liberal inglês. Para o autor, a sociedade humana desenvolve-se não tanto por intermédio da atividade racional do homem, mas, sobretudo, por meio de sentimentos, hábitos, emoções, convenções e tradições, sem as quais ela desaparece, coisas que o olhar racional é incapaz de vislumbrar. Um racionalismo impaciente e agressivo, que se volta contra a ordem social, acaba destruindo tanto as más como as boas instituições. Burke objetiva defender, assim, a ideia da limitação da Razão em face da complexidade das coisas, propondo que, diante da fragilidade da razão humana, a humanidade deve proceder com respeito para com a obra dos seus antecessores, em prol do desenvolvimento social.



 Furet,  por  sua  vez,  privilegiando  a  política  como  elemento  histórico  decisivo,  concluiu  que  a  Revolução  Francesa se  constituiu  em  um  "acidente" histórico ( como o passado dele mesmo)  que  em  nada  se  assemelharia  a  uma "revolução burguesa".   O   atraso que  a  França  retrocedeu  em  relação  às  demais  potências  capitalistas , no  qual soçobrou desde  a  1789  até  1875  só  mostra  que  a  burguesia  nada  tinha  contribuído  para  deter  a  fome  e  má-fase  de  1789.
Porém  discordo  dele  quanto  a  Burguesia.
Esta  foi  a  principal  causadora  da  Revolução.






Este  Livro,  também  retrata   a  Farsa da revolução Francesa.
A escritora Gertrud von le Fort mostrou em seu livro A ÚLTIMA AO CADAFALSO, o quanto de perversa e sanguinária foi a Revolução Francesa que nada teve de

"Igualdade, liberdade e fraternidade", como se propaga, mas foi a encarnação diabólica do mal na França. O assassinato covarde de 16 irmãs carmelitas de Compiegne. Não deixe de ler.



 Cliquem  na  imagem  para  constatarem  a  monstruosidade  da  maldita  Revolução  Francesa.

O  homem  que  está  no  canto  superior  esquerdo  é  um  repelente  mentiroso  além  de  ser  um
ser  desprezível    justifica  a  Revolução  e   com  mentira  pois  já  não  havia  banho  de  sangue
religioso.  Aliaís,  o  Rei  Luis  XVI  aprovou  várias  leis  protegendo  os  não  católicos,  mesmo  sendo
um  católico  muito  devoto  não  autorizou  a  continuação  da  Inquisição  na  França.
 E  a  Inquisição  não  existiu  só  na  França.

Abaixo  está  a  Declaração  mais  mentirosa  que  houve  na  humanidade,  pois  falavam  em
  Direitos  dos  homens  que  eles  nunca  respeitaram :


Citando  alguns  artigos  que  eles  não  cumpriram:

Art. 2.º A finalidade de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.

Eles falavam em Segurança e resistencia a opressão  e  instituiram o Terror  através  da  guilhotina
e  genocídios de cidades?

Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

Eles  falavam  em  não  prejudicar  o  próximo  e  na  Igualdade  de  Direitos  e  encarceraravam
só  a  Nobreza,   e  o Clero  ?

Art. 5.º A lei proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene.

A  Lei  proibia  ações  nocivas  a  sociedade  e  não  punia  os  que  pilhavam  e  matavam?
Sendo muitas  dessas  pilhagens  e  matança  incitadas  pelo  Governo.

Art. 10.º Ninguém pode ser molestado por suas opiniões , incluindo opiniões religiosas, desde que sua manifestação não perturbe a ordem pública estabelecida pela lei.

Os  Revolucionários  perseguiram  o  clero, instituiram o irracional  « Culto da Razão», coagindo Padres
a  juramentarem  a  Constituição  e  no  artigo  10º  afirmavam  o  respeito  pelas  opiniões  religiosas?

Art. 17.º Como a propriedade é um direito inviolável e sagrado, ninguém dela pode ser privado, a não ser quando a necessidade pública legalmente comprovada o exigir e sob condição de justa e prévia indenização.

Eles pilharam palácios e propriedades  particulares  e  falavam  em  propriedade  inviolável  e  sagrada?

Em  1793  a  Convenção  Nacional  acrescentou  mais  artigos  a
DECLARAÇÃO  DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO:
Composta  de  35   Artigos,  alguns  que  se  contradiziam  pois  falava  em  chacina
e  ao  mesmo  em  Amor.
nesse link:
http://www.dhnet.org.br/direitos/anthist/dec1793.htm

O  Artigo  que  é  o  mais  infamante, pois fala  no  amor  ao  próximo  e  em  uma  máxima  da  qual  eram  destituídos  pois  eram  desprovidos  de  consciência.

Artigo: VI
A liberdade é o poder que pertence ao Homem de fazer tudo quanto não prejudica os direitos do próximo: ela tem por princípio a natureza; por regra a justiça; por salvaguarda a lei; seu limite moral está nesta máxima: - " Não faça aos outros o que não quiseras que te fizessem".

Abaixo  um  memorial  erguido  á  Rainha  Maria  Antonieta  e  ao  Rei  Luis XVI  na  Basílica  de  Saint-Denis:


Também  no  local  onde  foram  enterrados  inicialmente  após  a  execução  em  vala  comum,  encontra-se  agora  a  Capela  Expiatória  cuja  imagens  podem  ser  encontradas  neste  link:

https://en.wikipedia.org/wiki/Chapelle_expiatoire 

Consultar  ainda  estes  links  sobre  Maria  Antonieta:

http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=7BAFA6B4-3048-313C-

http://homemculto.com/2008/11/29/maria-antonieta-amada-pelos-franceses-ate-hoje/2EA598740D502A0D&mes=Agosto2008