Madame Isabel, não conheceu seus pais, o Delfin Luis e Maria Josefa da Saxônia.
Ficou orfã de pai com 1 ano e orfã de mãe com 3 anos.
Era a mais nova dos irmãos. Ela e sua irmã Clotilde, foram criadas pela Condessa de Marsan, Governanta dos Principes da França.
Os seus irmãos foram todos Reis da França, Luis XVI, Luis XVIII e Carlos X.
Ela viveu somente no Reinado de Luis XVI, infelizmente sendo executada após a execução do irmão e da cunhada Maria Antonieta.
Toda sua vida foi de dedicação aos irmãos, ficando mesmo desesperada com o casamento de sua irmã Clotilde no Piemonte.
Nunca mais se viram. Era tão devotada aos seus irmãos que ficou aliviada quando foram interrompidas negociações de casamento vinda de 3 pretendentes :
1º) O Infante de Portugal D. José sendo as negociações interrompidas para alívio de Madame Isabel.
2º) Pretendente o Duque de Aosta cunhado de sua irmã Clotilde mas o Governo francês recusou que uma Princesa da França ocupasse um lugar secundário.
3º) Pretendente Imperador José II da Aústria, as negociações foram interrompidas devido as intrigas do Partido anti-austríaco
Dentre os irmãos tinha predileção especial pelo conde D Artois, ( os 2 eram os mais conservadores sobre o Direito Divino dos Reis) manteve sempre correspondencia com ele buscando ajuda dos demais soberanos, mas ficou sempre ao lado do Rei pois ele precisou dela mais do que os outros.
Madame Isabel com harpa em 1783.
DESPROVIDA DE COQUETISMO E LUXOS, NÃO ERA INGÊNUA COMO A RAINHA.
ESCOLHEU SEMPRE BEM SUAS AMIZADES ENTRE MULHERES DE BOA REPUTAÇÃO,
DEDICANDO-SE PLENAMENTE A CARIDADE E SUA FÉ CATÓLICA.
Sua dedicação a família era tão intensa, que recusou abandonar a França quando eclodiu a sangrenta Revolução Francesa, ficando com seu irmão o Rei Luis XVI, enquanto os outros irmãos fugiram assim como as tias.
Correspondeu-se sempre com os irmãos emigrados, em especial com o Conde d Artois, com o qual tinha mais afinidade uma vez que ambos eram extremamente conservadores no que tocasse a limitação dos Direitos da Monarquia e da Igreja.
Atormentado por noites sem dormir desde os acontecimentos de agosto e setembro Massacres em 1792 , foi transformado fisicamente.
Um cirurgião do Conde d'Artois, que visitou em dezembro de 1792 - na época do julgamento de Luís XVI - disse que ela havia se tornado "irreconhecível".
Uma carta a Marquesa de Bombelles - informado por sua filha Sra. alissan de Chazet que comunicou em segredo com os prisioneiros - deu o marquês destes novos Raigecourt, marido de sua melhor amiga:
"" Eu tive a mesma informação que a nossa infeliz princesa, sua magreza é dito ser assustadora, mas a religião apóia-lo, e é consolador anjo da rainha, seus filhos e espero que ela ou o seu não sucumbir a tantos males. Como poderíamos reclamar de ter preenchido o quadro doloroso dos habitantes do Templo imaginação? " "
Infelizmente uma de suas cartas ao Conde D Artois foi interceptada e descobertos seus planos contra uma Monarquia Constitucional.
TINHA UMA VISÃO MAIS INTELIGENTE QUE O REI E A RAINHA, POIS NUNCA FEZ O JURAMENTO A CONSTITUIÇÃO NACIONAL E VIA A GUERRA CIVIL COMO ÚNICA SAÍDA PARA TRAVAR A MONSTRUOSA REVOLUÇÃO NOS SEUS EXCESSOS.
Sendo que ela nunca foi considerada um perigo pelos jacobinos, que não obstante pareciam harpias famintas de sangue real.
NOTA: O Rei Luís XVI nunca mandou executar ninguém e baniu a Inquisição da França.
Era de conduta irrepreensivel e muito religiosa.
Sofreu junto com seu irmão e sua cunhada e seus sobrinhos afrontas, humilhações e privações e tudo suportou com coragem pelo amor que lhes tinha.
Era uma mulher de grande bondade para com todos.
Após a execução do seu irmão e o afastamento do seu sobrinho e separação de sua cunhada que foi transferida para a Conciergie, foi confrontadatada pelo sobrinho ( o qual passou a apoiar a Revolução por instinto de sobrevivencia, sendo também embriagado pelos guardas)
com acusações de incesto dirigidas contra ela e a mãe.
Aqui em 6 de outubro, Elizabeth confronta seu sobrinho que é acusado de tocar e incesto. Princesa já não reconhece o sobrinho. Depois exclamou: "Oh! O monstro ", diz ela, infelizmente," não pode ser ele ... eles fizeram-lo louco. "
Só lhe restava dedicar-se a sua sobrinha. Ela passou seus últimos dias com Marie-Thérèse, confortando e cuidando de sua sobrinha, que mais tarde escreveu sobre ela: "Eu sinto que tenho a sua natureza ... [ela] me considerou e cuidou de mim como sua filha, e eu, eu honrei-la como uma segunda mãe ".
No meio da noite do dia 9 de maio de 1794, as princesas foram súbita e rudemente acordadas por seus carcereiros. Disseram para Madame Elisabeth se vestir rapidamente e para acompanhar os guardas.
Sendo avisada de que não retornaria mais para a prisão da torre, Elisabeth abraçou e beijou a sobrinha, dizendo para ela ficar calma.
"Os guardas acumularam-na de insultos e palavras vulgares", narra a princesa. "Ela suportou tudo isto com paciência, pegou sua touca, beijou-me novamente, e disse-me para ter coragem e firmeza, para confiar sempre em Deus. Ela então foi embora".
Na mesma noite foi sujeita a Julgamento com outros 23 membros da nobreza.
Só então é que teve conhecimento da execução de sua cunhada, a Rainha.
Acusada de apoiar a Contra-Revolução e de ser a irmã do tirano, ela respondeu:
"Se o meu irmão tinha sido o que você chamá-lo, você não teria sido onde você está, nem eu onde estou".
Consolou todos que a acompanharam ao cadafalso, sendo escolhida para ser a última pelos torpes jacobinos no intento de quebrar sua coragem.
Suas últimas palavras foram:
Enquanto ela estava sendo amarrado para o conselho, o xale caiu fora, expondo seus ombros, e ela gritou para o carrasco :
Consolou todos que a acompanharam ao cadafalso, sendo escolhida para ser a última pelos torpes jacobinos no intento de quebrar sua coragem.
Suas últimas palavras foram:
Enquanto ela estava sendo amarrado para o conselho, o xale caiu fora, expondo seus ombros, e ela gritou para o carrasco :
Em nome de sua mãe, senhor, cobre-me".