sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A Revolução Hedionda e os Reis.

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Acima  vemos  o  discurso  de  Pio  VI  contra  a  execução  injusta  do  Rei  da  França.






No dia 21 de janeiro de 1793, foi covardemente assassinado pelas mãos destruidoras dos revolucionários, Louis-Auguste de Bourbon, rei cristianíssimo de França, em meio ao terrível caos imposto pelo governo revolucionário, que hoje poderia ser chamado de terrorista.

Sua Majestade nasceu em 1754, filho de Louis, o Delfim de França, e sua esposa, a princesa Maria Josefa da Saxônia. Perdeu o pai aos 10 anos, a mãe, aos 12, foi educado pelo avô, Louis XV, ( este não foi um bom educador sendo seus excessos e escândalos bem conhecidos ) e por suas tias, irmãs mais jovens do Delfim.


Casou-se aos 15 anos, com a Arquiduquesa da Áustria, Maria Antonia, mais tarde chamada de Maria Antonieta.

Tímido e reservado, demorou muito a gerar herdeiros.


Perdeu o avô, o Rei , em 1774 , herdando a Coroa aos 20 anos de idade, inexperiente e totalmente desamparado.


 No princípio do Verão de 1789, Paris está febril. Após vários meses, a situação é difícil. O Inverno de 1788 foi duro, e as colheitas foram desastrosas. Na Primavera, tempestades e chuvas sucederam-se, anunciando sombrias perspectivas para as futuras colheitas.

Ninguem  poderia  responsabilizar  o  Rei,  a  Rainha  ou  a  Nobreza  por  algo  que  não  podia  ser  controlado:  A  Natureza.

Os  Reis  herdaram  um  Reino  que  já  estava  debilitado.  Haveriam  medidas  que  pudessem  ser  tomadas,  mas  o  Terceiro  Estado  propunha  medidas  muito  radicais  quando  o  Rei  Luis  XVI  convocou  os  Estados  Gerais.

Reuniram-se  no  dia  5  de  Maio  de  1789.

O  Rei  terminou  por  ceder  as  exigencias  do  Terceiro  Estado,  mas  isso  não  impediu  a  Revolução,  o  que  mostra  a  falta  de  carater  dos  membros  do  3º  Estado,  pois   chegaram  a  um  acordo  com  o  Rei   (ainda  que  não  tenham  chegado  a  um  acordo  com  o  clero  e  a  nobreza)  no  dia  9  de  Julho.

O  Rei   aceitou  o  novo  órgão  Assembléia  Constituinte, no  dia  9  de  Julho  de  1789   mas  queria  que  o  clero  e  a  nobreza  também  participassem  na  Assembléia  Constituinte,  ao  que  se  opunha  o  Terceiro  Estado,  sendo  muitos  membros  jacobinos  radicais.

  As  reformas  que  queriam,  contra  privilégios  da  nobreza  e  do  clero  eram  radicais  demais  para  serem  implantadas  em  pouco  tempo.

Propuseram  nesse  dia  o  lema:  IGUALDADE,  LIBERDADE  E  FRATERNIDADE,  mas  nada  fazia  prever  que  apenas  5  dias  depois  não  respeitariam  o  Acordo  do  dia  9  de  Julho  com  o  Rei.

A  demissão  do  Ministro  Neker   pelo  Rei  Luis XVI   foi  impensada  (  pois  era  um  mal  necessário)  no  dia  11   de  Julho.

A  Assembléia  Constituinte
   Inflamou  o  povo  e  apelaram  para  a  violência,  demonstrando  assim  que  não  respeitavam  O Acordo  e  negociavam  de  má-fé,  resultando  na  cruel  tomada  da  Bastilha  em  14  de  Julho.

Mesmo  após  o  Rei  voltar  a  convoca-lo  para  o  Cargo  no  dia  16  de  Julho,
a  Assembléia  Constituinte (  o  antigo  Terceiro  Estado)   recusa  as  propostas  daquele
pelo  qual  dias  atrás  haviam  se  revoltado  pela  sua  demissão.

Em  questão  de  5  dias,  já  não  era  maís  o  ídolo  do  povo!
 

É  óbvio  que  a  Assembléia  já  não  precisando  dele,  virou-se  contra  suas  propostas,  mostrando  assim  seu  caráter  vil  e  covarde  como  governo.



Destes  os  principais  eram   os   execráveis  jacobinos, que  não  passavam  de  burgueses  invejosos  dos  nobres,  espalhavam  boatos  maldosos  a  respeitos  dos  monarcas,  gerando  profunda  confusão  em  muitos  setores  da  sociedade.

 Mas em sua essência, o campesinato  francês continuava católico, ordeiro e confiante em seu rei.


Em 1789, desbravou-se a Revolução, a pior das tragédias que já atingiram aquela outrora tão gloriosa nação.

É  verdade  que  a  Nobreza  e  o  clero  estavam  isentos  dos  impostos  antes  da  Revolução,  mas  estes  já  haviam  prestado  muitos  serviços  á  Nação.


Embora  fosse  uma  situação  que  poderia  ser  revertida  com  o  tempo,  os  jacobinos  que  estavam  sequiosos  pelo  Poder  decidiram-se  pela  violência  extrema  agitando  o  povo.


Aprovaram  a  Declaração  dos  Direitos  do  Homem  e  do  Cidadão
mas  eximiam-se  de  responder pelos abusos desta liberdade.


Ainda  que  esse  parágrafo  constasse  na  Declaração  foi  sempre  obsoleto  para  os  infames  jacobinos.

Depois  da  queda  Bastilha,  seguiu-se  outro  Evento  ainda  mais  monstruoso:
O  Grande  Medo.




Muitos  camponeses  ouviram  rumores  espalhados  pelos  jacobinos  que  tropas  estrangeiras  contra-revolucionárias  estavam  armadas 
prestes a invadir as cidades.

 Iniciam  ataques  a  vários  solares  tipo  de  casa  grande  rural  francesa,  saqueando  igrejas,  castelos,  e  aldeias. Mesmo assim, continuavam os rumores, sendo um de que uma força estrangeira havia invadido a França e queimado as colheitas; outro dava conta de que bandidos queimavam  em vários vilarejos.
  • Crise econômica no campo;
  • Expansão do banditismo;
  •  
  • Hostilidade contra a aristocracia rural.
Houve  também  nobres  massacrados.

A  Marcha  sobre  Versalhes  no  dia  5  de  Outubro  de  1789   provou  definitivamente  aos  Reis  que  a  Família  Real  não  estava  a  salvo,   quando  foram  presos  e  levados  para  Paris  e  tornaram-se  prisioneiros
da  Assembléia  Constituinte.


Ainda  que  o  reconhecessem  como  Rei  (Constitucional)  mas  ele  e  sua  família  eram  prisioneiros  nas  Tulherias  sujeitos  Á  Assembléia  Constituinte  que  entre  outras  Leis  que  constrangeu  o  Rei  a  assinar  a 

 Contituição  Civil  do  Clero  no  dia  26  de  Dezembro  de  1790.

Tal  Lei  subjugava  completamente  o  Clero  transformando  os  padres  em  funcionários  públicos,  ficou  aprovada 
secularização total  dos bens materiais  da  Igreja, e  todos  os  padres  eram  obrigados  a  prestar  juramento  Civil  á  Revolução.

Os  padres  que  se  recusaram  a  prestar  Juramento  foram  perseguidos.  Muito  estranha  essa  Atitude  vinda  de  um  Órgão  que  proclamava  LIBERDADE!

O projeto de Constituição Civil do Clero estabelecia, nesse sentido, que os Bispos e Párocos não mais seriam nomeados, mas sim eleitos, os primeiros, por todos os eleitores do departamento, e os segundos, pelos eleitores do distrito. Mesmo os não católicos – judeus, protestantes, maçons, etc. – poderiam votar, sob a condição de assistir a Missa paroquial, que precederia o escrutínio.

Isso  era  de  facto  uma  afronta  a  Igreja .

A  Assembléia  Geral  Constituinte  chegou  ao  cúmulo  de  proibir  o  Rei  ter confessores e sacerdotes de sua escolha, em vez de "sacerdotes constitucionais" prometidos ao Estado e não a Igreja Católica.

O  Rei  assinou  sob  grande  pressão  e  extremamente  desgostoso  e  então  considerou  juntamente  com  a  Rainha  a  fuga,  sendo  infelizmente  mal-sucedida  a  Família  Real  nessa  fuga.

A  Assembléia  Nacional  Constituinte,  sucedeu  a  Assembléia  Nacional  Legislativa  não  tendo  praticamente  nenhuma  diferença  entre  os  2  Regimes.


A Convenção Nacional perdurou de 20 de setembro 1792 até 26 de outubro 1795.

Os  jacobinos  eram  destituídos  de  honra  e  consciencia.   Só  queriam  o  poder.  Quem  comemora  a  Revolução  Francesa  é  destituído  de  consciência,  e de  sentimentos,  pois  a  pena-de-morte  é  o  que
há  de  mais  abominavel  no  Mundo.


Ousaram  executar  os  próprios  Reis,  além  de  numerosos  nobres  e  povo  que  revoltava  contra  seus
excessos  medonhos.
Os  infames  jacobinos, quase  nunca  julgavam  suas  vítimas,  e  ainda  incitavam  o  povo  a  massacrar   pessoas  indefesas,  visto  que  estavam  em  prisões   arbitrárias   ,como  o  tristemente  famoso  :

Massacres  de  Setembro  de  1792.

Entre  as  vítimas,  se  encontrava  a  piedosa  e  generosa  Princesa  de  Lamballe.
Os  responsáveis  principais  foram  Danton  e  Marat.

Este  último,  morto  pela  corajosa  Charllote  Corday,  uma  jovem  revoltada  com  os  excessos
monstruosos  da  Revolução.
Em  seu  Julgamento,  enfrentou  os  juízes  e  declarou:

Matei  um  homem  para  salvar  100.000.

 Foi  guilhotinada  4  dias  depois.




Eram  tão  doentios  que  repudiaram  Deus  proibindo  qualquer  culto  á   Ele.
Instituíram  o  «culto da razão»  e  degradaran-se  ao  ponto  de  adorarem  uma  mulher  como
«deusa da razão».
Esse  culto  irracional,  partiu  do  torpe  José  Fouché.
Esse  bárbaro  mandou  massacrar  todos  os  habitantes  de  Lyon,  pelo  fato  de  terem  executado
um  padre  traidor.
Massacrou  1600  pessoas,  por  um  único  assassinato.

Sem  se  aperceberem,  Deus  provou  a  sua  existencia,  castigando-os  por  enlouquecer  os revolucionários
á  matarem-se  entre  si  acusando-se  mutuamente  de  traição.
E  assim,  os  monstros  torpes  da  Revolução  caíram  um  por  um  e  tiveram  a  paga  pelas  suas
atrocidades  e  apostasia   ultrajante.

O  mais  sanguinário  de  todos  os  revolucionários,  foi  Robespierre,  tendo  assegurado  que  as
execuções  nunca  teriam  fim.
Também  pagou  pela  sua  brutalidade  na  guilhotina.

Essa  terrivelmente  pior  que  as  Assembléias  personificava  O  TERROR.

A  melhor  amiga  da  Rainha  Maria  Antonieta  e  também  uma  Princesa  de  grande  bondade  pereceu  entre  os  massacres  de  Setembro  pela  ralé  nociva  e  sanguinária:
Princesa  Maria  Teresa  de  Lamballe:





 Este novo regime, supostamente "democrático", aniquilou, guilhotinou milhares de cidadãos, assim como qualquer um que se posicionasse contra tamanha abominação.





A Igreja Católica coube oneroso tributo: a perseguição anti-religiosa, na Revolução Francesa, foi de uma extrema crueldade. Nela pereceram oito mil sacerdotes, religiosos, religiosas, e muitos milhares de leigos.
E com o passar dos anos, literalmente DESTRUIU toda a ordem social, moral e jurídica não só da França, mas de quase toda a Europa. Os frutos desta maldita revolução, nós colhemos até hoje.

O que supostamente deveria trazer "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", trouxe destruição, miséria e genocídio.

Os camponeses da Normandia, lutaram bravamente, em lealdade ao Rei e à Santa Igreja, foram literalmente exterminados, assassinados em massa, mulheres, idosos, crianças e até mesmo bebês recém-nascidos, há relatos até mesmo de canibalismo entre os sanguinários lacaios da Revolução.

Depois de tantas mortes, a desordem tomou conta de quase toda a Europa, com revoluções sangrentas e derrubada de todos os fundamentos e bases sociais do Ocidente, e hoje colhemos os frutos de tanta decadência, podridão e ilusões da suposta "Era das luzes".

A França, o reino mais glorioso da Europa, berço da Cristandade, berço de tantos monarcas, príncipes, duques, cruzados, santos, santas e doutores, hoje encontra-se na deplorável situação que todos nós conhecemos.

Mas, quem sabe um dia, as antigas belas maravilhas, voltem a renascer depois de tantos anos de sono profundo. Sinceramente, do fundo de meu ser, eu creio que assim será.

"Levanta, Filha primogênita da Igreja, nação predestinada, vaso de eleição, lava-te das manchas que te sujaram, e volta a anunciar o Meu nome, a todos os povos e nações da Terra."

Vive le Roi! Vive Christe Roi!


Vocês  compreenderão  assim  que  o  meu  pensamento  político  pessoal  sobre  o  regime  que  melhor  convém, por  exemplo  para  a  França,  não  tem  muita  importância.  Os  factos  falam  por  si  mesmos:  a  monarquia francesa  nunca  conseguiu  realizar  o  que  conseguiu  a  democracia:  cinco  revoluções  sangrentas                  (1789, 1830, 1848, 1870, 1945),  quatro  invasões  estrangeiras  (1815, 1870, 1914, 1940),  duas  desapropriações dos  bens  da  Igreja,  expulsões  de  ordens  religiosas,  supressão  de  escolas  católicas,  laicizações  de instituições  (1789, 1901), etc.  No  entanto,  dirão  alguns,  o  Papa  Leão XIII  pediu  o "ralliement"  dos  católicos franceses  ao  regime  republicano  (que provocou uma catástrofe política e religiosa).
 Outros  criticam  esta  atitude  de  Leão XIII,  classificando-a  e  ao  seu  autor,  de   liberal.  Não  creio  que  ele  fosse um  liberal  e  muito  menos  um  democrata. 
Acreditou  apenas  suscitar  uma  boa  combinação  para  o  bem  da  Religião  em  França; mas  vê-se claramente que  esquecia  a  origem  da  constituição  irremediavelmente  liberal,  maçónica  e  anti-católica  da  democracia francesa.

Mons. Marcel Lefebvre in «Do Liberalismo à Apostasia: A Tragédia Conciliar».



http://www.institutoandreluiz.org/louis_marie.html 

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=411